Posto que entregava 8% menos combustível tem bombas lacradas e gerente presa em Campinas
19/11/2024
Equipes do Ipem-SP descobriram adulteração no sistema eletrônico em todas as quatro bombas do estabelecimento. Gerente de posto de combustíveis é presa por suspeita de fraude em Campinas
Um posto de combustíveis na Avenida Moraes Sales, no Centro de Campinas (SP), teve as bombas lacradas na tarde desta terça-feira (19) após uma ação de fiscalização apontar que as bombas estavam entregando 8% a menos de combustível do que o indicado ao consumidor. A gerente foi presa em flagrante.
Segundo a Polícia Civil, as equipes foram ao posto após denúncias anônimas. No local, técnicos do Instituto de Pesos e Medidas (Ipem-SP) descobriram a adulteração no sistema eletrônico em todas as quatro bombas do estabelecimento, que fica no cruzamento com a rua Boaventura do Amaral.
"Para quem abastecia nesse posto, em torno de 8% era tirado ou não era entregue no abastecimento do veículo", explicou Rogério Nogueira da Silva, delegado regional do Ipem.
De acordo com o Ipem, as bombas do posto ficarão lacradas e o estabelecimento vai passar por um processo administrativo. A Polícia Civil informou que a gerente do posto vai responder por crimes contra as Relações de Consumo. Ela deve passar a noite na cadeia e amanhã será submetida a uma audiência na Justiça.
Fiscalização descobriu fraude no sistema eletrônico das bombas em posto no Centro de Campinas
Polícia Civil/Divulgação
Operação
A ação de fiscalização no posto de combustíveis no Centro fez parte da Operação Fogo na Bomba, deflagrada nesta terça pela Polícia Civil, em parceria com o Ipem, Instituto de Criminalística, Agência Nacional do Petróleo (ANP), Secretaria da Fazenda e Prefeitura.
Ao todo, oito estabelecimentos, alvos de denúncias anteriores, foram alvos da operação. Apenas no da Avenida Moraes Sales foram encontradas irregularidades no local. Nos outros, equipes coletaram combustíveis e encaminharam ao laboratório para análise.
"Esse material vai ser encaminhado para o núcleo de química do Instituto de Criminalística em São Paulo para análise e aí para confronto justamente com os parâmetros que estão estabelecidos pela ANP da qualidade dos combustíveis", explicou Flávio Yoshida, perito criminal.
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